Proença (1989, p. 174) considera que existem três coordenadas fundamentais
relativamente à planificação do ensino: “esquema conceptual, capacidades a
desenvolver e os grandes problemas sociais em torno dos quais se irá
desenvolver a aprendizagem”. O esquema conceptual é a linha de orientação que
tem a função de evitar a dispersão da aprendizagem por temas secundários e que
não têm relevância suficiente para ser objeto de estudo. Outra importante
coordenada é o desenvolvimento de capacidades intelectuais ou sociais no aluno,
não esquecendo os avanços científicos e a preparação do aluno como futuro
cidadão. Por último, o docente deve realizar a sua planificação tendo em conta
os problemas sociais da atualidade para “sensibilizar os alunos para a sua
solução” (Proença, 1989, p. 175). A mesma autora considera, porém, que não se
deve optar em exclusivo apenas por uma destas coordenadas, o professor deverá
antes ter em linha de conta as três, aquando da planificação do seu
trabalho.
Proença (1989) defende a organização do ensino por unidades didáticas em detrimento da planificação por lição. Segundo a planificação por unidades didáticas, o aluno encontra-se no centro da aprendizagem, realiza atividades orientadas pelo docente com o seu auxílio, e coloca as suas dúvidas. Já na aprendizagem planificada na perspetiva de lição, o professor ocupa um papel central, a aula é dirigida por ele e o aluno não coloca questões antes responde às mesmas formuladas pelo professor.
Proença (1989) defende a organização do ensino por unidades didáticas em detrimento da planificação por lição. Segundo a planificação por unidades didáticas, o aluno encontra-se no centro da aprendizagem, realiza atividades orientadas pelo docente com o seu auxílio, e coloca as suas dúvidas. Já na aprendizagem planificada na perspetiva de lição, o professor ocupa um papel central, a aula é dirigida por ele e o aluno não coloca questões antes responde às mesmas formuladas pelo professor.
A
planificação, segundo Proença (1989, p. 176), é “uma necessidade decorrente da
conceção do processo didático como uma ação cientificamente conduzida para
alcançar determinadas finalidades educativas.” Para desenvolver capacidades e
transmitir conhecimentos, o professor deve elaborar uma planificação rigorosa,
bem como refletir sobre as melhores estratégias e os recursos mais adequados
que deverá utilizar. Como Proença (1989, p. 176), refere “tais metas não podem
ser deixadas ao acaso, até porque estão definidas nos programas oficiais.” Contudo,
a planificação dos conteúdos programáticos não deverá ser demasiado rígida, de
tal modo que o professor não possa corresponder às interações da aula. Como
salienta Proença (1989, p. 177), a “aula é um processo vivo e dinâmico, onde
uma complexa trama de interações humanas e diversidades de interesses
determinam a atuação do professor e dos alunos.” Assim, a planificação é um documento
de referência que deve estruturar o processo de ensino e de aprendizagem. O vídeo seguinte aborda a importância de haver uma planificação do processo de ensino e aprendizagem.
A
planificação deve respeitar o currículo e o programa da disciplina, bem como a
idade, o desenvolvimento e as condições socioeconómicas e culturais dos alunos
e deve atender igualmente ao contexto escolar, às suas infraestruturas, assim como ao meio onde a escola está inserida. A planificação deverá privilegiar a
aprendizagem como um processo e não visar apenas resultados finais, classificações ou
níveis obtidos, daí que todos os dados atrás mencionados são relevantes para
traçar um plano de aprendizagem. A planificação a longo prazo procura gerir os
conteúdos do programa da disciplina ao longo do ano letivo e tem em consideração
os esquemas conceptuais, que são “as ideias subjacentes à organização de um
programa, dependentes das posições pedagógicas e filosóficas dos seus autores”
(Proença, 1989, p. 178). A planificação a médio prazo incide sobre uma
determinada unidade temática e nela deverão constar: uma linha conceptual de
desenvolvimento que interliga os vários conteúdos; os pré-requisitos que o
aluno deverá ter para poder estudar um novo tema; os objetivos gerais e a sua
operacionalização em objetivos específicos; os conteúdos organizados; as
estratégias de ensino; a avaliação; o tempo; o material necessário à realização
das atividades propostas; os materiais de avaliação formativa e sumativa, bem
como as atividades de remediação ou de enriquecimento e a bibliografia
utilizada.
Proença
(1989, p. 182) considera que “a planificação a médio prazo é a trave mestra da
condução do ensino. Aliás permite que o ensino seja dirigido para a unidade
como um todo, e não fragmentado aula a aula, o que é muito importante em termos
de conceção da aprendizagem”. Cabe a cada professor encontrar um modelo próprio
de acordo com a sua conceção de ensino, as caraterísticas dos seus alunos e a
sua própria personalidade. Para terminar, apresenta-se um vídeo que aborda, entre outras, a temática da importância da planificação.
Bibliografia:
Proença,
C. (1989). Didáctica da História.
Lisboa: Universidade Aberta.
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