domingo, 15 de maio de 2016

Maria Cândida Proença, Didáctica da História, Lisboa, Universidade Aberta, 1989, p. 31-33

Proença (2009) refere que a disciplina de didática é uma disciplina na qual se adquire uma preparação teórica que depois deverá ser aplicada na prática educativa. O futuro docente “deve ter presente que a preparação teórica que lhe é facultada nesta disciplina pressupõe uma visão dinâmica de integração dos conhecimentos adquiridos na sua prática pedagógica.” (Proença, 1989, p. 31) O professor é um mediador entre o aluno e o conhecimento que este vai adquirir. Por isso, “para realizar eficazmente essa função de mediador tem de possuir, para além de conhecimentos de tipo declarativo (saber), também um conhecimento processual (saber-fazer) e uma postura relacional (ser e estar em e com)”, (Alarcão, citada por Proença, 1989, p. 31), para além de adotar uma atitude autorreflexiva sobre a sua prática letiva.
A palavra didática, originária do grego «didaktike», estava ligada à mestria e intuição do professor. Hoje, com a investigação educacional, a didática possui um estatuto científico e apresenta, como objeto de estudo, o ensino/aprendizagem de uma determinada matéria. Este estatuto confere-lhe autonomia e posição de igualdade em relação a outras disciplinas. O docente deve perspetivar o conceito de didática como algo dinâmico. O seu carácter teórico deve sempre ser conciliado com situações de ordem prática de sala de aula. Como refere Proença (1989, p. 32), “a finalidade prioritária de qualquer didáctica específica é contribuir para a melhoria do ensino/aprendizagem de uma determinada matéria.” O vídeo que se segue tece algumas considerações pertinentes sobre didática.


Neste sentido, a disciplina de didática deve preocupar-se em questionar o «como fazer» inerente às matérias, técnicas, métodos e atividades. É esta postura reflexiva que o docente deve adquirir para que possa melhorar a sua prática letiva. Por outro lado, o docente deve ter em conta as características específicas dos seus alunos, bem como a política educativa vigente. Desta forma, às componentes técnicas e científicas deve somar-se a dimensão humana, a que nenhum docente deverá ser alheio, e a dimensão político-social. A dimensão humana da educação é ilustrada no vídeo seguinte:



Bibliografia


Proença, C. (1989). Didáctica da História. Lisboa: Universidade Aberta.

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