Maria do Céu Roldão reflete sobre o conceito de
ensinar. Para a autora, ensinar é a “acção especializada de promover
intencionalmente a aprendizagem de alguma coisa por outros.” (Roldão, 2009, p. 1) O professor tem a
tarefa estratégica de planificar, conceber materiais didáticos adequados,
regular as aprendizagens e, por fim, avaliá-las, o que se separa da ideia de
aprendizagem do aluno, na qual ele maioritariamente realiza todo o esforço para
aprender. Ensinar é então procurar a melhor solução para que o aluno aprenda
eficazmente o conteúdo curricular em questão “seja esse conteúdo
cognitivo-conceptual, factual, processual, atitudinal, ou uma combinatória de
vários destes tipos de aprendizagens que
fazem parte do enunciado dos currículos actuais”. (Roldão, 2009, p. 1)
Neste sentido, o docente deverá preocupar-se não apenas com
a simples apresentação do conteúdo, mas antes traçar uma linha de atuação
estrategicamente organizada que inclua tarefas e recursos para que todos os
alunos consigam aprender o que o docente se propõe ensinar. Como a autora
refere, “o professor está a considerar o seu acto de ensinar como "duplamente
transitivo", centrado nas duas dimensões a que a sua acção se dirige -
o conhecimento/conteúdo curricular e o aprendente” (Roldão, 2009, p.2,3) e não numa perspetiva
“intransitiva”, centrado unicamente no professor e na forma como ele irá
transmitir e clarificar os conteúdos. O vídeo que se segue ilustra não apenas a necessidade de adaptar o que se ensina aos alunos dentro de cada turma, mas também a necessidade de adaptar os percursos educativos a cada aluno:
Roldão (2009, p. 3) refere como elemento definidor da estratégia de ensino “o seu grau de concepção intencional e orientadora de um conjunto organizado de acções para a melhor consecução de uma determinada aprendizagem.” Assim, a autora sugere que o docente deve clarificar como vai produzir a aprendizagem, a partir de problemas ou situações ou de uma sistematização do conteúdo, de debate de pontos de vista ou do questionamento sobre o tema abordado, indicando sempre a estratégia de ensino, ou seja, como vai o aluno aprender. O professor deve também identificar as tarefas e as atividades a utilizar para produzir conhecimento e, por último, os modos de avaliação. A estratégia de ensino implica o uso de várias técnicas de natureza didática de acordo com as finalidades de aprender determinado conteúdo. “Importa compreender que é a concepção estratégica que orienta o trabalho para as finalidades e o reorienta pela avaliação.” (Roldão, 2009, p.8) A autora exemplifica: “para uma estratégia centrada na procura autónoma de informação pelos alunos num dado conteúdo, com vista a desenvolver a sua autonomia e as competências processuais da selecção pertinente de informação, pode mobilizar-se a técnica de pesquisa individual orientada, a pesquisa grupal mediante um guião ou uma pesquisa não orientada, mas referenciada a um produto final” (Roldão, 2009, p.5). O professor tem a seu cargo o trabalho didático de pensar as atividades, os melhores recursos a utilizar para lecionar determinado conteúdo do currículo de modo intencional e ajustando-o sempre que necessário as estratégias de ensino, de forma a alcançar a “maximização da aprendizagem” (Roldão, 2009, p.6) por todos os alunos. A avaliação de conhecimentos é parte essencial do processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, o docente deve contemplar na sua estratégia de ensino os momentos e modos de avaliação, o que é “indispensável para aferir da validade e adequação da estratégia durante o seu desenvolvimento, quer em termos de processo quer em termos de resultados de aprendizagem intermédios e finais.” (Roldão, 2009, p. 10) Mediante o sucesso ou não da avaliação obtida, o professor poderá reformular a atividade e todo o trabalho de forma diferente. Importa testar conhecimentos que foram trabalhados em sala de aula, e não os que dependem das capacidades culturais do aluno, externas ao processo de ensino. Devem-se também criar situações e instrumentos de avaliação que permitam perceber se o aluno consegue aplicar os conteúdos aprendidos em contextos diferentes daqueles em que os adquiriu, o que permite avaliar a sua capacidade de raciocínio. Na planificação do trabalho, o docente deve pensar quais as funções cognitiva que vai pedir ao aluno, a indução ou a dedução.
Na estratégia indutiva, o docente parte da observação e análise de exemplos para apurar as regras gerais, posteriormente são apresentados novos dados para testar se o aluno compreendeu o conceito. Na estratégia dedutiva, “o professor apresenta o conceito ou generalização e, normalmente, solicita aos alunos a clarificação dos termos utilizados para definir o conceito ou descrever a generalização; depois apresenta um exemplo e solicita ao aluno a organização de outros exemplos.” (Roldão, 2009, p. 17)
Roldão (2009, p. 3) refere como elemento definidor da estratégia de ensino “o seu grau de concepção intencional e orientadora de um conjunto organizado de acções para a melhor consecução de uma determinada aprendizagem.” Assim, a autora sugere que o docente deve clarificar como vai produzir a aprendizagem, a partir de problemas ou situações ou de uma sistematização do conteúdo, de debate de pontos de vista ou do questionamento sobre o tema abordado, indicando sempre a estratégia de ensino, ou seja, como vai o aluno aprender. O professor deve também identificar as tarefas e as atividades a utilizar para produzir conhecimento e, por último, os modos de avaliação. A estratégia de ensino implica o uso de várias técnicas de natureza didática de acordo com as finalidades de aprender determinado conteúdo. “Importa compreender que é a concepção estratégica que orienta o trabalho para as finalidades e o reorienta pela avaliação.” (Roldão, 2009, p.8) A autora exemplifica: “para uma estratégia centrada na procura autónoma de informação pelos alunos num dado conteúdo, com vista a desenvolver a sua autonomia e as competências processuais da selecção pertinente de informação, pode mobilizar-se a técnica de pesquisa individual orientada, a pesquisa grupal mediante um guião ou uma pesquisa não orientada, mas referenciada a um produto final” (Roldão, 2009, p.5). O professor tem a seu cargo o trabalho didático de pensar as atividades, os melhores recursos a utilizar para lecionar determinado conteúdo do currículo de modo intencional e ajustando-o sempre que necessário as estratégias de ensino, de forma a alcançar a “maximização da aprendizagem” (Roldão, 2009, p.6) por todos os alunos. A avaliação de conhecimentos é parte essencial do processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, o docente deve contemplar na sua estratégia de ensino os momentos e modos de avaliação, o que é “indispensável para aferir da validade e adequação da estratégia durante o seu desenvolvimento, quer em termos de processo quer em termos de resultados de aprendizagem intermédios e finais.” (Roldão, 2009, p. 10) Mediante o sucesso ou não da avaliação obtida, o professor poderá reformular a atividade e todo o trabalho de forma diferente. Importa testar conhecimentos que foram trabalhados em sala de aula, e não os que dependem das capacidades culturais do aluno, externas ao processo de ensino. Devem-se também criar situações e instrumentos de avaliação que permitam perceber se o aluno consegue aplicar os conteúdos aprendidos em contextos diferentes daqueles em que os adquiriu, o que permite avaliar a sua capacidade de raciocínio. Na planificação do trabalho, o docente deve pensar quais as funções cognitiva que vai pedir ao aluno, a indução ou a dedução.
Na estratégia indutiva, o docente parte da observação e análise de exemplos para apurar as regras gerais, posteriormente são apresentados novos dados para testar se o aluno compreendeu o conceito. Na estratégia dedutiva, “o professor apresenta o conceito ou generalização e, normalmente, solicita aos alunos a clarificação dos termos utilizados para definir o conceito ou descrever a generalização; depois apresenta um exemplo e solicita ao aluno a organização de outros exemplos.” (Roldão, 2009, p. 17)
Em suma, as estratégias de ensino a aplicar deverão
sempre ter como ponto de partida o aluno, o modelo cognitivo que melhor se
aplica a um determinado conjunto de alunos; as atividades de ensino mais
adequadas, os melhores recursos e a avaliação que deve incidir sobre o que foi
trabalhado em aula.
Bibliografia
Roldão,
M. C. (2009). Conceção estratégica de ensinar e estratégias de ensino. In Estratégias
de Ensino. O saber e o agir do professor, (4), 55-73. Vila Nova de Gaia:
Fundação Manuel Leão.
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