Neste texto apresenta-se uma ferramenta com a qual se pode dar um
uso algo inovador a ferramentas do Google em sala de aula, neste caso o Google
Art Project (https://www.google.com/culturalinstitute/u/0/project/art-project?hl=pt-PT), apresentado no pequeno vídeo que se segue:
Através dele, o professor pode aceder a coleções de obras de arte e organizar uma exposição e também selecionar o conjunto de obras a mostrar aos alunos. É possível aumentar o seu tamanho e estabelecer comparações entre obras que se encontram em diferentes museus. O instituto cultural do Google permite igualmente a realização de visitas virtuais a um conjunto diversificado de museus portugueses e estrangeiros, de acordo com os conteúdos que estão a ser lecionados. O Google Cultural Institute é um portal que visa preservar e divulgar a herança cultural da Humanidade. Disponibiliza um vasto e diversificado repositório de fontes de informação. Entre os arquivos disponíveis podem-se encontrar fotogalerias sobre importantes acontecimentos históricos, como por exemplo o Dia D., o Maio de 68, a coroação da rainha Isabel II, entre outros. Para além de fotografias, é possível a aceder a documentos digitalizados como quadros, cartas, manuscritos, relatos, ou até mesmo vídeos.
Através dele, o professor pode aceder a coleções de obras de arte e organizar uma exposição e também selecionar o conjunto de obras a mostrar aos alunos. É possível aumentar o seu tamanho e estabelecer comparações entre obras que se encontram em diferentes museus. O instituto cultural do Google permite igualmente a realização de visitas virtuais a um conjunto diversificado de museus portugueses e estrangeiros, de acordo com os conteúdos que estão a ser lecionados. O Google Cultural Institute é um portal que visa preservar e divulgar a herança cultural da Humanidade. Disponibiliza um vasto e diversificado repositório de fontes de informação. Entre os arquivos disponíveis podem-se encontrar fotogalerias sobre importantes acontecimentos históricos, como por exemplo o Dia D., o Maio de 68, a coroação da rainha Isabel II, entre outros. Para além de fotografias, é possível a aceder a documentos digitalizados como quadros, cartas, manuscritos, relatos, ou até mesmo vídeos.
O Google Art Project tem grandes potencialidades para o ensino da
disciplina de História e Geografia de Portugal do 2º ciclo do ensino básico,
sobretudo no que respeita à possibilidade de se realizarem na sala de aula
visitas virtuais a vários monumentos nacionais e estrangeiros. As referências
ao património histórico e natural português são uma constante da disciplina e
os manuais não fornecem recursos audiovisuais suficientes para tornar
esclarecedores determinados pontos do programa. O site referido é bastante
inovador ao potenciar uma aprendizagem dinâmica e interativa. O aluno consegue
aceder e visualizar não só o exterior, como também o interior dos monumentos e
conhecer a sua planta. Fica com uma noção precisa e real dos temas abordados em
sala de aula. Ao ser uma ferramenta mais apelativa, pode motivar os alunos para
a aprendizagem da disciplina. Numa sociedade em constante mudança, é necessário
encontrar estratégias didáticas alternativas, de modo a prepará-los para os
novos desafios da sociedade de informação. Com este recurso, é possível utilizar
métodos de ensino que favoreçam o trabalho autónomo do aluno e a aprendizagem
pela descoberta. Num outro espaço extraescolar, o aluno pode dar continuidade à
sua aprendizagem, aprendendo a aprender. Com uma aprendizagem ativa e
autêntica, é dada ao aluno a possibilidade de desenvolver capacidades de
“observação, interpretação, análise e de síntese.” (Carvalho, 2012, p. 26),
essenciais na sociedade digital. Por outro lado, a utilização do referido
portal permite ao docente explorar de um modo mais profundo e detalhado os
temas do programa e esclarecer os alunos nas suas dúvidas, podendo acrescentar
informações complementares que sejam pertinentes para a lecionação do conteúdo
em questão. “Esta estratégia pode estimular a imaginação dos alunos e
proporciona-lhes uma oportunidade para estabelecer relações entre os seus conhecimentos
prévios e nova informação que vão adquirindo” (Carvalho, 2012, p. 23) O acesso
ao património histórico e cultural português é, deste modo, facilitado. À
distância de um clique, um cada vez maior número de pessoas tem acesso gratuito
a bens culturais. Na verdade, a realização de uma visita de estudo virtual pode
evitar obstáculos de ordem financeira, da mesma forma que pode elevar o
conhecimento dos bens culturais da Humanidade e, consequentemente, “configurar
novas potencialidades para o ensino da História, permitindo integrar a visita
virtual como recurso, com diversas possibilidades de exploração pedagógica pré
e pós-visita real, que promove a aprendizagem e facilita o estabelecimento de
relações entre o passado, presente e futuro” (Carvalho, 2012, p. 22). No exemplo seguinte, pode observar-se parte da visita virtual ao Museu do Prado.
As visitas de estudo virtuais apresentam, neste sentido, um grande
potencial pedagógico. É possível utilizar este recurso em aula de duas formas
distintas. Uma forma será uma visita guiada pelo professor, onde se pode explorar,
por exemplo, o Castelo de Guimarães e as diversas partes que o constituem. Uma
segunda hipótese será elaborar um guião de trabalho, a disponibilizar aos
alunos, por exemplo através da plataforma Moodle. Os alunos, de forma autónoma,
realizarão o trabalho, acedendo ao portal e explorando individualmente o
Castelo de Guimarães.
Em ambos os casos, a tecnologia utilizada ajuda à promoção da aprendizagem em rede. O conceito de blended learning consiste na apropriação da tecnologia para a promoção de redes de aprendizagem e conhecimento. “A tecnologia sozinha não muda a prática escolar. Para maximizar os benefícios da inovação tecnológica importa alterar a forma como se pensa a educação. É este mix de uma sociedade presencial e virtual que nos conduz ao conceito de blended-learning" (Monteiro, Moreira & Lencastre, 2015, p. 8).
Em ambos os casos, a tecnologia utilizada ajuda à promoção da aprendizagem em rede. O conceito de blended learning consiste na apropriação da tecnologia para a promoção de redes de aprendizagem e conhecimento. “A tecnologia sozinha não muda a prática escolar. Para maximizar os benefícios da inovação tecnológica importa alterar a forma como se pensa a educação. É este mix de uma sociedade presencial e virtual que nos conduz ao conceito de blended-learning" (Monteiro, Moreira & Lencastre, 2015, p. 8).
Pode-se assim concluir que a introdução das TIC no contexto
educativo veio a alterar não só o perfil de aluno, como também requer um novo
tipo de docente. Requer-se que o aluno seja mais responsável, autónomo, crítico,
consciente e interessado pelo seu percurso de aprendizagem. Ao professor
cabe-lhe a gestão das aprendizagens, através do estabelecimento de uma
comunicação muito mais fortalecida com as novas tecnologias. Como referem
Candeias e Silva (2008, p. 144) “O papel do professor no seio da comunidade
aprendente torna-se, assim, o de guia, mediador, conselheiro e desafiador,
acompanhando na busca, seleção e tratamento da informação.”
Bibliografia
Bibliografia
Candeias, M. I. & Silva, J. A. (2008). A nossa sala de
aula já é maior que o planeta Terra!. In Educação, Formação & Tecnologias;
vol. 1(1), pp. 142-152. Disponível em http://eft.educom.pt
Carvalho, C. C. F. (2012). Visitas de Estudo Virtuais:
contributos para uma outra aprendizagem da história na era da sociedade de
informação. Dissertação de mestrado não publicada, Faculdade de Letras,
Universidade do Porto, Porto, Portugal.
Monteiro, A., Moreira, J. A., & Lencastre, J. A. (2015). Blended
(e)Learning na Sociedade Digital. Santo Tirso: Wh!te Books.
Moreira, J. A., Barros, D., & Monteiro, A. (2015). Inovação e Formação na
Sociedade Digital: Ambientes Virtuais, Tecnologias e Serious Games. Santo
Tirso: Wh!te Books.
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